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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lausanne III- Discussão sobre Evangelização e Ação Social

Evangelização com texto e contexto
Um dos aspectos evidentes na discussão sobre evangelização mundial em Lausanne III, foi a dificuldade que ainda perdura em ver evangelização e ação social como uma única coisa. A principal razão está na própria sugestão de se discutir missão integral. Na medida em que alguém sugere unir as duas coisas é porque não as considera unidas. Isso prolonga infinitamente a discussão e a torna infrutífera. É como, por exemplo, discutir a superação do racismo reafirmando a diferença entre as raças. Alguém disse que “se é missão, tem que ser integral” e eu colocaria um ponto final.
Pessoalmente, tenho dificuldade em perceber a diferença entre evangelização e ação social. A evangelização é, em si mesma, a excelente e insuperável forma dos cristãos produzirem transformação social. Um bom exemplo disso é Tiago, que insiste em uma fé que se demonstra como boas obras e, então, apresenta o “falar” como a principal obra do cristão: “Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.” Tg 3:2. É inegável que, podendo estabelecer qualquer ação que desejasse, Jesus preferiu “falar”. É inquestionável que podendo sugerir qualquer tipo de ação, Jesus preferiu nos enviar a “falar”.
Isso não nos impede de fazer muitas outras boas obras, já que para isso fomos feitos novas criaturas em Cristo Jesus (Ef 2:10). É inevitável, é nosso caráter. E nossa missão é proclamar o Evangelho que primeiro ouvimos e produziu em nós a salvação completa e o selo do Espírito Santo em Cristo (Ef 1:13).
Somente quem duvide do poder da Verdade para libertar plenamente, deixará de anunciar o Evangelho, para dar prioridade a qualquer outro tipo de ação. A esse, não chamaremos de salvo, não até que seja liberto do pecado, do mundo e do Diabo. Com isso, não reclamo a despriorização da ação social em favor da proclamação. Não divido essas coisas. Eu anuncio a pregação do Evangelho como a ação plenamente transformadora, que precede, procede e mantém a justiça. Essa é a missão essencial da Igreja. Se não fizermos isso, tudo o mais será inútil.
Na prática, temos ajudado a Igreja Brasileira a fazer essa evangelização com texto e contexto: fundamentada nas Escrituras e dirigida à realidade em que as pessoas se encontram. Uma evangelização transformadora, que enfrenta a violência, a desagregação familiar e a discriminação, por exemplo. Em tudo isso manifestamos o Reino de Deus, que não é desse mundo e não se estabelece pelos métodos mundanos (Jo 18:36). Isso fazemos porque não nos envergonhamos do Evangelho; esse é o poder de Deus para salvar completamente todo aquele que crê (Rm 1:16).
Fonte: AMME Evangelizar- José Bernardo

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